Existe uma polêmica sobre o uso de robô de lance em pregão eletrônico, neste post vou te mostrar sobre a ótica da ampla concorrência nas compras governamentais que o uso dessa ferramenta aumenta a precisão dos lances, mas não garante por si só a vitória.
Mas afinal, o que é um robô de lances?
O robô de lances nada mais é do que um software, um programa de computador, que o empresário usa para dar lances automáticos nas licitações eletrônicas.
Ao contrário do que muita gente pensa, utilizar um robô para participar de licitações públicas ou cotações eletrônicas não é ilegal e ainda pode ajudar a dar uma mãozinha nos processos licitatórios.
Divergência nos tribunais e o avanço tecnológico.
No passado recente houve divergência quanto a legalidade do robô de lances, mas a tecnologia é mais rápida que a lei.
Ao passo que os Tribunais discutiam a legalidade dos robôs, os departamentos de Tecnologia da Informação da administração avançavam em aprimorar os portais de licitação com novas tecnologias capazes de resolver essa contenda.
O portal Comprasnet, por exemplo, foi atualizado para o Comprasnet 4.0, e trouxe várias inovações tecnológicas que garantem a isonomia dos certames.
Também foi publicada a Instrução Normativa SEGES/ME nº 67/21, que institui o Sistema de Dispensa Eletrônica – uma tecnologia usada para a parametrização de lances. Ou seja, a própria Administração Pública está começando a incorporar a tecnologia dos robôs de lance nas licitações.
Qual vantagem um robô de lance pode trazer para a administração pública e para o empresário?
Primeiro, você deve considerar que é interesse da administração realizar uma compra com a proposta mais vantajosa possível ou com mais economicidade, e a administração pública tem que promover o igual direito de concorrência a todos os concorrentes de um processo de compra pública.
Por outro lado, o interesse do empresário é fechar o negócio mais lucrativo possível para garantir um bom faturamento na licitação.
Assim, a tecnologia de automação de lances está à disposição de todos que tenham interesse em usá-la, bastando para tanto contratar um serviço de automação, o que garante a isonomia e a competitividade.
Diferencial para concorrer em um pregão eletrônico ou cotação eletrônica
Enquanto a administração pública utiliza a tecnologia para otimizar os seus processos internos, o empresário, por sua vez, precisa utilizar tecnologia para otimizar os seus processos de venda e melhorar os seus resultados.
No concorrido mercado de licitação, o empresário usa as armas que tem para concorrer e competir no mercado praticando bons preços e principalmente utilizando os recursos tecnológicos aos quais tem acesso. Por isso tem aumentado consideravelmente o uso de robôs de lance nas licitações, que melhoram os resultados e evitam falhas humanas.
Mas isso não é tudo, é preciso criar o hábito de planejar melhor o seu preço antes de participar das licitações, pois o robô de lances não faz esse trabalho e essa comodidade pode custar caro se o empresário não fizer o dever de casa, afinal, a composição de preço “é a alma do negócio”.
Pela experiência que tenho em licitação posso garantir que um preço bem cotado e dentro da realidade da empresa pode ser o diferencial, pois muitas das vezes o menor preço não é o melhor negócio.
Antes de tudo é preciso ter estratégia para participar de licitação. Adotar uma boa metodologia e aplicá-la garante melhores resultados de faturamento e uma boa lucratividade.
O microempreendedor individual também pode e deve lançar mão da tecnologia para aumentar seu faturamento, pois a concorrência nesse ramo de negócio é alta, mas pouco qualificada, daí quem se aprimora passa à frente.
Para concluir, posso afirmar que a automação ajuda bastante durante uma licitação, mas o trabalho preparatório da composição de preço, de organização da documentação e principalmente tomadas de decisões aliadas a uma boa estratégia são o diferencial para o empresário de sucesso.